Com apenas oito meses de vida, o bebê Jamil Rocha, foi entregue ao seu pai, pois seus pais estavam separados e sua mãe sem condições de cria-lo. Ele viveu com seu pai e madrasta até seus seis anos de idade, quando recebeu a triste notícia, que o seu herói havia falecido. Uma perda que marcou sua vida, ele relatou:
Ao perder meu pai, minha mãe me pegou de volta e passei a morar com ela e meu padrasto. Foi um momento de adaptação para mim, com a nova casa, nova rotina. Pelo fato de nunca ter morado com minha mãe eu nunca soube de fato como era uma relação de mãe e filho, mas aprendemos a conviver e nos amar como mãe e filho.
Aos quinze anos de idade, agora no auge da adolescência, a convite de sua mãe, Jamil foi a uma igreja, ela recebeu oportunidade para pregar e cantar, "muitas vidas foram abençoadas", na volta para casa, o que parecia uma noite de alegrias, algo aconteceu, a mãe de Jamil desmaiou, ele e mais outra pessoa sem saber o que fazer a levaram para casa. Ele relatou:
Fizemos com que ela cheirasse álcool na desesperadora tentativa de fazê-la voltar a si, mas infelizmente não funcionou, liguei para o meu padrasto e ele se deslocou até em casa para levá-la ao médico, onde passou por um processo de observação.
Se passou um dia e ela continuava naquele leito, começou a vomitar sangue e nenhum dos médicos sabiam dar um diagnóstico sobre a saúde dela. Entre o segundo e terceiro dia, ela veio a óbito. "Minha tia (que era enfermeira) e os médicos ainda sem saber do que se tratava ficaram sem entender o real motivo que ocasionou o óbito dela" disse.
Jamil, recebeu a notícia por seu padrasto, quando estava trabalhando em uma oficina de bicicletas, "naquele momento eu não disse nada, apenas entrei na casa da minha avó, me dirigi ao banheiro e disse: E agora Jesus, o que será de mim Pai? O que eu vou fazer?", falou.
Um adolescente de apenas 15 anos de idade, sem pai e sem mãe, ele se viu em um beco sem saída, pensou em retornar para o bairro que morava e se tornar um traficante, era a única saída que viu naquele momento. Mas não aconteceu, pela graça de Deus, ele foi adotado por sua irmã Deise, que em meio a dor da perda falou: "Onde come um, come dois, come três. Ele pode vir morar aqui”.
Os anos passaram, morando com sua irmã, recebia o mesmo carinho que os filhos dela. Chegou a ter a oportunidade de ser gerente do tráfico de drogas, mas mesmo com duas perdas não deixou que isso se transformasse em uma desculpa para se envolver no tráfico.
De acordo com ele:
Nos mudamos para Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, e hoje resido em Belo Horizonte junto a um casal maravilhoso que me acolheram com sua infinita bondade, Daniel Luz e Lucilene Silva, e eu só tenho á agradecer a eles por tudo e a Deus pela vida deles.
A história de Jamil é um exemplo para nós, pois mostra-nos que mesmo em meio a dor, perdas e sofrimentos, não precisamos nos envolver com coisas erradas, Deus sempre vai abrir uma porta e cuidar de nós. Como diz o próprio Jamil "mesmo sendo órfã de pai e mãe, vivo uma vida feliz, direita na presença do Espírito Santo, servindo ao Senhor Jesus e não tenho do que reclamar.
Qual a sua dor? Entregue a Deus, você pode ser a próxima pessoa a contar um testemunho de superação, creia!
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